COLEÇÃO JURISTAS NEGRAS

Primeiro título da Coleção Juristas Negras, este livro nasce já com força disruptiva em seu próprio nome. As autoras, Lívia Sant’Anna Vaz e Chiara Ramos, desafiam a branquitude e a epistemologia ocidental que dominam o universo jurídico ao propor uma justiça plural e afrodiaspórica. A obra costura Direito, história e saberes ancestrais em uma narrativa interseccional que mescla teoria e experiência vivida, enriquecida com músicas, poemas, ilustrações e QR-Codes que ampliam a experiência leitora para múltiplas dimensões. É uma leitura essencial para quem deseja compreender e sentir uma justiça que rompe com as lentes coloniais, racistas e sexistas.

Neste livro, Luciano Góes lança uma crítica contundente ao Direito Penal colonial e ao seu papel no genocídio da população negra. A obra questiona a quem realmente serve a deusa Themis e revela como princípios dogmáticos foram distorcidos para proteger a branquitude, legitimando desigualdades estruturais. A partir da reivindicação de epistemologias negras e da cosmopercepção de Xangô e Oyá, o autor propõe uma justiça afrodiaspórica, plural e antipatriarcal, inspirada em valores como ubuntu e democracia quilombista. Trata-se de um guia teórico-político para reconstruir, de forma coletiva e subversiva, caminhos de justiça racial.

A primeira edição da Revista Juristas Negras chega como um marco editorial e político. Trata-se de um espaço em que mulheres negras juristas transformam suas vivências, saberes e lutas em narrativas potentes sobre justiça racial, identidade e resistência.

Publicada pelo Instituto Juristas Negras, em novembro de 2025, esta edição inaugural carrega o subtítulo “Mulheres negras tecendo igualdade e justiça” — e é exatamente isso que suas páginas entregam: reflexões críticas, experiências comprometidas com a transformação social e a construção de um sistema de justiça verdadeiramente antirracista e antissexista.